quinta-feira, 30 de junho de 2011

Relações Públicas: a opção do cidadão - VIEIRA, Roberto Fonseca

No primeiro capítulo do livro “Relações Públicas: a opção do cidadão” Roberto Fonseca Vieira aborda, primeiramente, as Relações Públicas como atividade. Explica que ela se caracteriza como um estímulo junto aos públicos de modo que aumentem o consumo e a produtividade. O paradigma que definiu a profissão foi como uma estratégia que legitimasse o poder da organização.
Em segundo lugar analisa o processo social, os conceitos como: opinião pública, legitimação e poder através de várias fontes do estudo do comportamento humano, como: a Sociologia e a Antropologia. Aponta os diferentes aspectos nos quais campos de estudo distintos se focam e como essa divisão ajuda na compreensão de certos elementos que são vistos de forma diferente nos ramos de conhecimento.
O autor cita como exemplo o conflito organizacional que através da Sociologia pode ter diversas ações. Pressupostos que o induzem a levar em conta outros âmbitos das Relações Públicas que por vezes são consideradas as relações subjetivas no processo de interação das organizações com a sociedade. Pois além de identificar o prisma objetivo das interações sociais, observam também o lado qualitativo e mais abstrato, como: o cultural, o econômico, o social, entre outros.
E vai mais além ao expor à ampla gama de referenciais que embasam as Relações Públicas. Que buscam mais do que propor uma estratégia de fidelização do público, se concentra em harmonizar as relações, humanizar relações de trabalho, enfim, mudar a própria sociedade.  Deixa claro que as Relações Públicas vão mais longe, ultrapassam o capitalismo beneficiando todo tipo de organização.
Ao longo do capítulo relata o surgimento da profissão, no início do século XX. Criada para defender as indústrias, atacadas por políticos e intelectuais. Em 1906 foi criado o primeiro escritório de RP em Nova Iorque por Ivy Lee que já em 1914 começou a trabalhar como consultor para Rockfeller Jr. Um empresário muito impopular e temido por ter mandado atirar nos grevistas. No Brasil remonta a era Vargas com a criação do DIP (Departamento de imprensa e propaganda) criado para fortalecer a imagem de Getúlio e sua política paternalista.
Ao longo da história demonstra os problemas e irregularidades da estratificação social e como as Relações Públicas podem ser uma ferramenta para atenuar este problema. O autor ampara essa dita tensão social com base em conceitos Hegelianos e em teorias de Durkheim, Teobaldo Andrade e Karl Marx.
Enfim, Roberto busca, no decorrer deste primeiro capítulo, expor a necessidade das Relações Públicas e das Ciências Sociais como um todo trabalharem a parte humana da interação sociedade/organizações. Em prol de uma sociedade livre para criar novas práticas e novos modos de organização além dos já existentes.

Yasmin Marques de Souza



VIEIRA, Roberto Fonseca. Relações Públicas: a opção do cidadão. Rio de Janeiro: Editora Mauad, 2002. Google Books disponível on line em: http://books.google.com.br/books?hl=pt-BR&lr=&id=eLwg9zromNYC&oi=fnd&pg=PA12&dq=hist%C3%B3ria+das+rela%C3%A7%C3%B5es+p%C3%BAblicas+no+brasil&ots=L5tyA_m3ae&sig=lVCkizS8sHoVXJLdCmJjwkxoDiE#v=onepage&q&f=false

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