A autora coloca quatro fases que descrevem os peridos das Relações Públicas, e segundo ela, o terceiro momento das Relações Públicas pode ser denominado como aperfeiçoamento (1969–1980), pois é nessa época que surge o curso de pós-graduação na área, e os avanços tecnológicos na cultura permitem a introdução de "modismos" criados pelos americanos. A autora coloca como exemplo disso o surgimento, em 1969, dos Conselhos que regulam a profissão de Relações Públicas, com atribuições de caráter normativo e fiscalizador.
De acordo com a autora, os seguintes fatos merecem destaque nas décadas de 70/80: a criação do Conselho(s) Federal e Regionais de Relações Públicas; criação da Comissão de Ensino para pesquisar o desenvolvimento do ensino de RP e estudar os curriculos; o inicio da divisão de matérias; a reorganização do Sistema de Comunicação Social do Poder Executivo; a criação do CIESURP (Centro Interamericano de Estudos Superiores de RP). Ainda na década de 70, um marco para a área de Relações Públicas, segundo a autora, é a I Assembléia Mundial de Relações Públicas. Esta aprovou o "Acordo do México", referendado por entidades de 33 paises, onde definiu-se que o exercicio da profissao requer ação planejada de forma a elevar a comunicação entre entidades para promover desenvolvimento reciproco e de sua comunidade.
Nos anos 80, a autora acredita ser importante destacar que ocorre a proliferação das teses ‘ciespalinas’ (CIESPAL, orgao criado pela UNESCO). Fato que, segundo ela, tem um papel importante na “latino-americanização" do ensino de comunicação no Brasil. Junto a isso, a defesa do diploma jornalista traduz o conflito e a tensão entre o ensino de comunicação, o empresariado e o sistema produtivo.
Dando seguimento, a autora retoma as pesquisas de Melo, 1991, e afirma que segundo ele é fundamental investir na pesquisa pois as escolas de comunicação precisam trabalhar a necessidade de conhecer, diagnosticar e avaliar os fenômenos que estão presentes no dia-a-dia da sociedade.
Um desafio significativo, a autora aborda segundo Melo, é a busca de interação entre graduação e pós-graduação. Sendo que, após a titulação, muitos docentes se esquecem da graduação e não introduzem nos cursos de graduação os conhecimentos absorvido, e acabam por dedicar-se à programas de pesquisa ou à burocracia acadêmica.
Sara Branco Lazaro
CABESTRÉ, Sonia Aparecida. Contextualizando as Relações Públicas como atividade do campo profissional. Bauru/SP: Universidade do Sagrado Coração, 2004. Edição digital on-line: http://www.almanaquedacomunicacao.com.br/artigos/1293.html
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