quinta-feira, 30 de junho de 2011

O enfoque mercadológico da atividade de Relações Públicas - CRAVALHO, Helenice

A autora, Helenice Carvalho, parte do princípio de que a atividade de Relações Públicas nasceu de modo paralelo à formação da teoria geral da administração, no início do século XX. Neste mesmo período, por volta de 1906, encontram-se os primeiros registros de um exercício proveniente do jornalismo, que tem como principal nome Ivy Lee, que ao fazer a cobertura de uma linha férrea percebeu que o jornalismo não dava conta de algo que, desde então, já tinha a ver com o direito a informação ou a satisfação do público no que dizia respeito a questões que lhe eram de direito. Foi neste episódio que ficou conhecida a célebre frase: “o público precisa ser informado”.
Helenice ainda contrapõe o modelo de gestão administrativa que prevalecia naquele período, com ênfase na produção e nos direitos do capitalista, construindo uma via única de comunicação com o modelo de mão dupla, a interação com os diferentes públicos da organização, ouvir o cliente, o feedback. O que a autora afirma é que de certa maneira a atividade de Relações Públicas surgiu para promover a integração das organizações com a sociedade e a humanização das relações entre empregadores e empregados. Com o tempo e a maturidade do exercício, verificou uma evolução natural no sentido da administração dos relacionamentos da organização com seus públicos.
No contexto nacional, Helenice busca na década de 40/50 relatos que traziam o apelo de moças de fino trato, com boa apresentação e que falavam mais de um idioma para os profissionais da área. Na década de 70, a atividade de Relações Públicas foi muito utilizada como apoio à área de marketing das organizações, principalmente devido a expansão do mercado. Foi somente na década de 80, com o lançamento do livro “Portas Abertas”, de Walter Nori e Célia Valente, que a atividade começou a ter seus objetivos e exercícios melhores delimitados e reconhecidos. Helenice Carvalho ainda expõe que a década de 90 seria a década do consumidor, sendo este considerado soberano no processo mercadológico.

Marcella Giovanini Parpinelli


CRAVALHO, Helenice. O enfoque mercadológico da atividade de Relações Públicas. IN DORNELLES, Maria Graczyk. Relações Públicas: quem sabe, faz e explica. Porto Alegre – EDIPUCRS. 2007.  p. 65 – 80. Edição Digital on-line:    http://books.google.com.br/books?id=naqfuC1G9QYC&printsec=frontcover&source=gbs_ge_summary_r&cad=0#v=onepage&q&f=false

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