A autora utiliza como foco de estudo Eduardo Pinheiro Lobo, formado em engenharia e considerado o pioneiro das Relações Públicas (RP) no Brasil, com o propósito de fundamentar uma base para o entendimento de como a profissão se institucionalizou. Para ela o RP surgiu no território brasileiro em 1914 na empresa “The San Paulo Tramway Light and Power Company Limited”, hoje Eletropaulo, onde foi criado um departamento de Relações Públicas, no qual Eduardo Pinheiro Lobo ficou responsável.
A empresa passava por um momento de crise devido a uma seca que conturbava o Estado de São Paulo e, dessa forma, prejudicava o fornecimento de energia para a região. Isso fez com que tornasse imprescindível o esclarecimento da organização perante o seu público, dessa maneira, segundo a autora, Eduardo Pinheiro Lobo realizou um planejamento bem estruturado e conseguiu realizar seus planos com êxito, facilitando o entendimento entre a empresa e seu público. Isso tudo, fez com que a função de RP realizada pelo engenheiro fosse vista de um modo diferenciado, a partir de então o profissional foi ganhando espaço no mercado de trabalho brasileiro.
Através disso, a autora afirma que este pioneirismo foi imprescindível para a consolidação do profissional de Relações Públicas no Brasil. Ela cita alguns exemplos, como o surgimento do primeiro departamento de fato brasileiro destinado a profissão em 1951 na Companhia Siderúrgica Nacional, e após dois anos foi criado o curso de RP na Fundação Getúlio Vargas e em 1967 na Escola de Comunicação e Artes da Universidade de São Paulo. Dessa forma, para a autora, a figura do Eduardo Pinheiro Lobo foi primordial para a boa recepção que a profissão passou a ter no país, isso graças ao bom trabalho designado pelo engenheiro que foi homenageado pela lei n° 7179 de 14 de junho de 1984, na qual definiu o “Dia Nacional das Relações Públicas, quando ele foi declarado patrono dos profissionais de RP.
Felipe de Oliveira Leme
TORRES, Mirtes: Eduardo Pinheiro Lobo – Pioneiro das Relações Públicas no Brasil. Salvador. XXV Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação, 2002. Edição digital- online: http://galaxy.intercom.org.br:8180/dspace/bitstream/1904/18743/1/2002_NP5TORRES.pdf
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