Este artigo, resultado do trabalho de conclusão do curso de Relações Públicas da PUC Minas de 2006, trata da evolução das relações públicas no âmbito conceitual, acadêmico e profissional a nível nacional e internacional. As autoras basearam suas considerações em teóricos renomados de Relações Públicas como Ana Luísa de Castro Almeida, Rudimar Baldissera e Margarida Kunsch. Pode-se perceber pela estrutura deste trabalho acadêmico, que elas apontaram cinco marcos que ajudaram na delimitação da evolução teórico-conceitual desta área.
Primeiramente elas traçaram a origem da profissão, que se deu aproximadamente no século XIX nos EUA. Nesta época, as Relações Públicas eram vistas como ferramenta para se obter opinião pública favorável a grandes organizações. É possível verificar por estes dados, que as Relações Públicas eram de certo modo, pouco expressivas.
Isto só mudará na década de 60; segundo marco importante desta profissão, que teve na expansão das multinacionais e no aumento de materiais acadêmicos em Relações Públicas, a oportunidade perfeita para a afirmação desta parte da comunicação, como a intermediadora de uma organização com seus públicos de interesse, fato relatado pelas autoras.
O período da ditadura, com a regulamentação das Relações Públicas em 1967, marca o terceiro período de evolução da profissão no Brasil. Este é um dado controverso para os teóricos mencionados acima, pois esta área não era disseminada ou devidamente estudada. As Relações Públicas da Ditadura foram de certa maneira, técnicas usadas para manipular a opinião pública nacional.
A nível mundial, a profissão teve um quarto grande marco; o congresso no México em 1978, que foi vital para a divulgação desta área (mesmo com as divergências conceituais acerca das Relações Públicas). Ainda seguindo este período que vai até o início dos anos 90, em âmbito nacional, houve a redemocratização do Brasil e a ampliação do número de empresas que se utilizavam da comunicação organizacional. As Relações Públicas passaram a ser consideradas assim, parte fundamental da comunicação integrada. Citada por teóricos como a área estratégica da comunicação.
Por fim, as autoras concluem que as relações públicas do século XXI (quinto marco da profissão) estão voltadas para a expansão nas áreas acadêmica e institucional, bem como das funções na área processual da comunicação integrada estratégica.
Leonardo Guimarães Barreiro de Rezende
ALVAREZ , Raquel de Oliveira; ANTUNES Joseane Rosalina Chaves; MACHADO, Driele Travaglia; SILVA Luisa Monteiro. A Evolução Teórico-Conceitual das Relações Públicas no Brasil. Belo Horizonte - Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais. Versão on-line: http://www.portalrp.com.br/projetosacademicos/conceituais01/0103.pdf
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